Alô, proletariado. Como é que tão as coisas por aí?
Outro dia, enquanto acompanhava um vídeo sobre arte, fui possuída pelo ritmo Ragatanga e me inspirei a tentar um novo formato de edição pra newsletter.
Aqui em “Mergulhos”, pretendo trazer cartas mais simples e reduzidas, em que conto um pouco do que ando vivendo fora da tela e aponto também algumas coisas que consumi e que acho que merecem o mundo.
A ideia é tentar criar um diálogo mais pessoal, em que compartilho mais de quem sou, o que vivo e o que me emociona. Assim, quem sabe, a gente vai se aproximando e abrindo esse espaço em que você também me conta como andam as coisas aí do outro lado.
Vamos experimentar?
O canto da sereia 🧜♀️
Meu doguinho precisou de veterinário na semana anterior, tadinho. E, com a indicação do próprio doutor, fiz uma mudança na alimentação dele e estou oferecendo patê de frango e vegetais cozidos.
Apesar de já ter feito essa receita pra ele no passado, o grande tchan aqui é que, agora, essa é a base da dieta do meu idosinho. E, querendo ou não, isso exige muito mais dedicação e trabalho, tanto na hora de preparar quanto na hora de servir.
Confesso que fiquei assustada de começo. Sempre que tento algum hábito novo, não demoro muito pra voltar pra velha rotina e deixar os projetos de lado. É sempre a mesma coisa.
Só que, ao contrário do que pensei, até que estou mandando bem nessa história. Ainda que não me sinta muito confortável preparando carne, tenho dado conta de cumprir com essa demanda e cuidar do meu caramelo do jeito que ele merece, mesmo duvidando de mim mesma.
Pequenas vitórias do cotidiano!
Além disso, dei um passo muito importante pra minha arte: disponibilizei a opção de pagamento na minha newsletter.
Isso talvez não pareça muita coisa, mas pra mim é. Estou produzindo edições por aqui já tem três anos (primeiro no TinyLetter, depois Substack), e a questão do pagamento sempre me foi muito delicada.
De começo, pensava que não tinha nada na minha escrita que valesse remuneração. O que eu oferecia de qualidade e conteúdo até então, ao menos na minha visão, não era o suficiente pra habilitar pagamentos. E eu venho lutando com essa ideia desde o começo, pensando “quem sabe a próxima edição é digna de um dinheirinho”.
E sabe o que mudou? É que eu percebi que, de alguma forma, isso não era sobre qualidade e o interesse dos leitores. Era eu quem ainda achava que minha arte não era boa o suficiente pra ser monetizada.
E mais: eu morria de medo de que, ao habilitar uma opção de assinatura paga, ninguém assinaria e, de alguma forma, isso “comprovaria” que meus escritos não valem nada.
Mas não é que eu dei esse passo mesmo com o frio na barriga e percebi que era tudo balela?
O processo de possibilitar pagamentos para a minha escrita não só foi uma etapa importante na minha carreira artística, mas foi até terapêutico. Enfim me dei ao direito de sonhar com ser escritora e fazer disso a minha vida, apesar do medo.
Inclusive a primeira edição fechada apenas pra assinantes já está quase pronta, e eu tô sentindo uma liberdade deliciosa em ser visceral nesse processo. Sério, que sensação incrível.
E você, que me lê aí do outro lado da tela, me ajudou demais nesse processo todo. Muito obrigada, de coração!
Tem peixe nesse mar 🌊
Bora de algumas indicações pra sua semana?
Ainda em clima de Olimpíadas
As Olimpíadas acabaram e, além do gostinho de quero mais, eu ainda não superei o espetáculo que foi a cerimônia de abertura. Chorei em vários momentos, emocionada com tantos artistas entregando tudo, mas o que eu continuo consumindo no repeat é a apresentação do Gojira.
Tenho uma quedinha por metal, pirotecnia, ópera e aristocratas sem cabeça.
Um pouco de inspiração
O vídeo que comentei lá em cima também é uma indicação legal pra quem tá buscando novas oportunidades para sua arte. Não é nenhuma reinvenção da roda não, mas ao menos traz um pouquinho de acalanto.
Vale a pena ver de novo
“O gato bebe leite, o rato come queijo e eu sou palhaço”
O Palhaço, de Selton Melo, é um filme de 2011. Você, assim como eu, provavelmente já deve ter visto a obra em algum momento no passado. Mas por que não prestigiar ela mais uma vez, né?
No último fim de semana, meu companheiro e eu tiramos a noite para fazer uma sessão pipoca e reassistir essa belezura. E olha, toda a poética envolvida na trama me pegou de jeito e eu me acabei de chorar. Não só é uma história sensível, mas a forma com que ela é contada também faz toda a diferença. E, claro, é uma inspiração maravilhosa pra qualquer um que se dedica à arte!
Ele está disponível na Netflix.
Aquela leitura marota
Ao longo do último mês, li alguns textos que realmente mexeram comigo. Vou trazer alguns deles aqui e, quem sabe, eles também não dialogam com você de alguma forma.
Gostou do que leu?
Obrigada por me acompanhar até aqui!
Me conte nos comentários o que achou desse texto e deixe seu coração pra ele também! Adoro saber que minha arte chega até as pessoas e cumpre seu papel de sementinha.
Lembrando que eu continuo falando umas bobagens lá no instagram e no tiktok, caso queira me acompanhar. Pode chegar que eu vou adorar te receber!
coisa mais fofa o banguela 😍