nov 19, 2023·editado nov 19, 2023Curtido por Virginia Valbuza
Como sugestão de contraponto, aliás, de complemento à fala do prof. Silvio, recomendo um ensaio do Contardo Calligaris. Trata-se do terceiro capítulo do livro póstumo: O sentido da vida. Nele, ele falará sobre a apreciação estética como critério para relacionar-se com o mundo. É a defesa de uma espécie de hedonismo atento e esclarecido como norte do existir.
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Uma pílula: "Hedonista se tornou por si só uma crítica moral. Como se fosse possível a um humano não preferir o prazer ao desprazer. Como se preferir o prazer fosse uma falha moral. É uma curiosa e pesada herança cristã na nossa cultura: o sofrimento e a privação ganham pontos aos olhos de Deus e presumivelmente facilitam nosso acesso ao reino dos céus. O prazer, ao contrário, seria sem mérito, a escolha pelo mais fácil. A realidade é exatamente o contrário disso. O sofrimento e o desprazer (sobretudo auto infligidos) são quase sempre escolhas bovinas (que os bois me perdoem), inertes e resignadamente ignorantes. Enquanto o hedonismo, a procura do prazer, pede um esforço contínuo de atenção ao mundo e um aprendizado sem fim" - p. 112.
Um presente prazeroso e um futuro esperançado.. Olha...
Obrigada por compartilhar! Seu texto deu fôlego a minha esperança 💚
Fico feliz em saber! Obrigada pelo comentário ❤️
Como sugestão de contraponto, aliás, de complemento à fala do prof. Silvio, recomendo um ensaio do Contardo Calligaris. Trata-se do terceiro capítulo do livro póstumo: O sentido da vida. Nele, ele falará sobre a apreciação estética como critério para relacionar-se com o mundo. É a defesa de uma espécie de hedonismo atento e esclarecido como norte do existir.
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Uma pílula: "Hedonista se tornou por si só uma crítica moral. Como se fosse possível a um humano não preferir o prazer ao desprazer. Como se preferir o prazer fosse uma falha moral. É uma curiosa e pesada herança cristã na nossa cultura: o sofrimento e a privação ganham pontos aos olhos de Deus e presumivelmente facilitam nosso acesso ao reino dos céus. O prazer, ao contrário, seria sem mérito, a escolha pelo mais fácil. A realidade é exatamente o contrário disso. O sofrimento e o desprazer (sobretudo auto infligidos) são quase sempre escolhas bovinas (que os bois me perdoem), inertes e resignadamente ignorantes. Enquanto o hedonismo, a procura do prazer, pede um esforço contínuo de atenção ao mundo e um aprendizado sem fim" - p. 112.
Um presente prazeroso e um futuro esperançado.. Olha...