tenho sentimentos conflitantes em relação às redes sociais também. ao mesmo tempo em que acho ótimo manter contato com pessoas que estão distantes e saber mais do que os amigos andam fazendo, tenho pavor da enxurrada de publicações feitas para vender que nos são empurradas goela abaixo.
Tem um termo quando a gente fala de influencer e criador de conteúdo que me pega muito, "empreendedor de si mesmo". Eu acho que as redes reforçam demais essa lógica de que absolutamente qualquer coisa que ponhamos no mundo (inclusive filhos kk) pode virar uma linha de conteúdo e portanto uma oportunidade de negócio. Lógicas de mercado e negócio não permitem falhas e descompromisso estético... o quanto a gente puder ficar de fora, melhor. Me identifiquei com vários pontos do texto, e feliz por essa sereia que se reencontra!
Nossa, Virginia, do céu. Esse texto conseguiu traduzir uma inquietação que venho tendo há muito tempo com a internet social mas não conseguia formular tão bem quanto tu fez aqui. Tudo parece que é feito pra virar produto, anúncio, profissão, mesmo pra quem só quer curtir um hobby. As comunidades das quais participo que são sobre livros, música e videogames parece que viraram um grande feirão por sempre ter alguém anunciando algum curso ou gadget novo e, embora hajam ainda trocas sinceras entre pessoas das comunidades, parece que tá todo mundo esperando o seu momento de profissionalizar o hobby. Acho triste que tenha virado isso mas também acho que dá pra viver na internet sem transformar sua ~presença digital~(usando esse termo por falta de expressão melhor) em um negócio e só falar sobre o que gosta, mesmo que a própria arquitetura dos feeds constantemente nos empurre pra isso. Ainda quero viver numa internet diferente do que a gente tem hoje em dia e alguma hora a gente encontra um caminho.
Ai, meu sonho encontrarmos um caminho para uma internet diferente! Espero muito que a gente consiga, aos poucos, ir construindo espaços mais confortáveis e que nos permita olhar para nosso hobby como um prazer e não uma oportunidade de negócio.
Nossa, tem vários pontos que eu nunca tinha pensado e fez tanto sentido pra mim. A grama do vizinho vai ser sempre mais verde, de repente é o filtro que ele usa, o ângulo ou o engajamento que ele consegue, mas quem disse que a gente precisa mostrar nossa grama meia boca pra todo mundo, né, e se mostrar, quem se importa se ela é verdinha ou meio marromeno. Depois vou reler o texto e anotar algumas coisas porque escrever à mão me traz a sensação de "mundo real", se é que hoje ele exista. Valeu ;)
Eu estava pensando em voltar para o insta, mas refletindo sobre esse texto decidi não voltar. Ano passado eu tentei voltar e apaguei novamente sem nem ao menos passar 2 dias completos. É uma loucura tudo isso.
Tamo junto. Também tenho sentido a pressão pra monetizar e transformar tudo em negócio. E o lance do lazer é justamente ser uma atividade prazerosa sem fins lucrativos, então se você quer só curtir o sonho de sereia, realmente não faz sentido cair na pilha de transformar em negócio (mas a gente cai). Eu tenho sentido muito essa pressão no nosso ofício de escrita. Todo mundo que escreve vende oficina e curso, e não acho que ta errado; quem escreve bem e sabe ensinar, tem todo direito de ganhar dinheiro com isso. A escrita, afinal, pode ser um lazer, mas é também um trabalho. Eu só não sei direito como eu me sinto com tudo isso ainda. E as redes sociais não ajudam a diminuir essa pressão.
Adorei sua cauda de sereia e fico muito feliz que você voltou a sereiar! Continue a nadar ;)
tenho sentimentos conflitantes em relação às redes sociais também. ao mesmo tempo em que acho ótimo manter contato com pessoas que estão distantes e saber mais do que os amigos andam fazendo, tenho pavor da enxurrada de publicações feitas para vender que nos são empurradas goela abaixo.
É complicado: a gente só quer ter contato com as pessoas e tem que pagar caro por isso 😕
Tem um termo quando a gente fala de influencer e criador de conteúdo que me pega muito, "empreendedor de si mesmo". Eu acho que as redes reforçam demais essa lógica de que absolutamente qualquer coisa que ponhamos no mundo (inclusive filhos kk) pode virar uma linha de conteúdo e portanto uma oportunidade de negócio. Lógicas de mercado e negócio não permitem falhas e descompromisso estético... o quanto a gente puder ficar de fora, melhor. Me identifiquei com vários pontos do texto, e feliz por essa sereia que se reencontra!
Totalmente! A lógica neoliberal adentra forte demais as nossas vidas, e é um grande desafio não se deixar levar. Agradeço demais pelas palavras ❤️
Nossa, Virginia, do céu. Esse texto conseguiu traduzir uma inquietação que venho tendo há muito tempo com a internet social mas não conseguia formular tão bem quanto tu fez aqui. Tudo parece que é feito pra virar produto, anúncio, profissão, mesmo pra quem só quer curtir um hobby. As comunidades das quais participo que são sobre livros, música e videogames parece que viraram um grande feirão por sempre ter alguém anunciando algum curso ou gadget novo e, embora hajam ainda trocas sinceras entre pessoas das comunidades, parece que tá todo mundo esperando o seu momento de profissionalizar o hobby. Acho triste que tenha virado isso mas também acho que dá pra viver na internet sem transformar sua ~presença digital~(usando esse termo por falta de expressão melhor) em um negócio e só falar sobre o que gosta, mesmo que a própria arquitetura dos feeds constantemente nos empurre pra isso. Ainda quero viver numa internet diferente do que a gente tem hoje em dia e alguma hora a gente encontra um caminho.
Abraço grande!
Ai, meu sonho encontrarmos um caminho para uma internet diferente! Espero muito que a gente consiga, aos poucos, ir construindo espaços mais confortáveis e que nos permita olhar para nosso hobby como um prazer e não uma oportunidade de negócio.
Obrigada pelo comentário! Abraços 😊
Nossa, tem vários pontos que eu nunca tinha pensado e fez tanto sentido pra mim. A grama do vizinho vai ser sempre mais verde, de repente é o filtro que ele usa, o ângulo ou o engajamento que ele consegue, mas quem disse que a gente precisa mostrar nossa grama meia boca pra todo mundo, né, e se mostrar, quem se importa se ela é verdinha ou meio marromeno. Depois vou reler o texto e anotar algumas coisas porque escrever à mão me traz a sensação de "mundo real", se é que hoje ele exista. Valeu ;)
Muito obrigada! Fico feliz que esse texto tenha gerado uma reflexão tão legal 😊
Gerou sim 😊 Um bom retorno ao seu Splash, que Daryl Hannah te abençõe 🙃
que texto bom!! obrigada!
Adorei a reflexão e em saber que existem sereias no mundo.
Obrigada! E bem vinda ao sereismo 😊
Eu estava pensando em voltar para o insta, mas refletindo sobre esse texto decidi não voltar. Ano passado eu tentei voltar e apaguei novamente sem nem ao menos passar 2 dias completos. É uma loucura tudo isso.
Faz muito bem! Espero que consiga manter esse desejo enquanto ele fizer sentido. Obrigada pelas palavras 😊
Como me identifiquei com sua news, Virginia! Amei a foto de sereia e fiquei feliz que você conseguiu reavivar o sonho 💫
Obrigada!! ❤️
Tamo junto. Também tenho sentido a pressão pra monetizar e transformar tudo em negócio. E o lance do lazer é justamente ser uma atividade prazerosa sem fins lucrativos, então se você quer só curtir o sonho de sereia, realmente não faz sentido cair na pilha de transformar em negócio (mas a gente cai). Eu tenho sentido muito essa pressão no nosso ofício de escrita. Todo mundo que escreve vende oficina e curso, e não acho que ta errado; quem escreve bem e sabe ensinar, tem todo direito de ganhar dinheiro com isso. A escrita, afinal, pode ser um lazer, mas é também um trabalho. Eu só não sei direito como eu me sinto com tudo isso ainda. E as redes sociais não ajudam a diminuir essa pressão.
Adorei sua cauda de sereia e fico muito feliz que você voltou a sereiar! Continue a nadar ;)
2024 é o ano da sereia 🧜